A Delegacia Geral Da Polícia Civil De Santa Catarina recebeu o padre Vilson Groh e o presidente da Associação de Amigos da Casa da Criança e do Adolescente do Morro do Mocotó (ACAM), Cláudio Ramos Floriani Júnior, para tratarem das constantes e truculentas ações das polícias e da abordagem envolvendo o funcionário Michel Costa, na última sexta-feira (22). Eles foram recebidos pelo Delegado Geral da Polícia Civil e presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública, Paulo Koerich e pela Delegada Geral Adjunta, Ester Coelho.

“Conversamos sobre a situação das famílias das periferias e em especial do Mocotó, a ausência do Estado e a necessidade de compormos parcerias”, disse o presidente da ACAM. Segundo Floriani, o Delegado Geral afirmou que o Comando da Segurança Pública não compactua com este tipo de desvio de conduta e que os fatos serão apurados e acompanhados pela Corregedoria. O delegado se colocou à disposição para falar com o secretário da Casa Civil e da Assistência Social do Estado, ainda esta semana, para discutir em conjunto projetos para o Morro.

Após a audiência, a dra. Ester, a segunda na hierarquia da Polícia Civil De Santa Catarina recebeu o Michel, a mãe dele e a Betânia Zahlouth, diretora da ACAM. “O secretário ficou de dar retorno enquanto corre a investigação formal. Michel fez o relato do ocorrido e escutou um pedido de desculpas. Foi informado que medidas serão tomadas, pois esse não é o modelo ensinado na academia”, contou.

Betânia saiu esperançosa. Disse que a delegada foi muito acolhedora, ficou sensibilizada com o vídeo da mãe do Michel e se identificou por também ser mãe e avó. “Após uma longa conversa, combinamos de designar uma pessoa que será encarregada para ser uma ponte de comunicação entre a ACAM/Comunidade do Morro do Mocotó e a Polícia Civil, o que me parece excelente”, afirmou Betânia. Também foi cogitada a realização de um seminário onde o Michel e o pe. Vilson pudessem falar sobre o tema para os cadetes.