Irmã Hedwiges Hofer, a idealizadora da ACAM, chegou ao Morro do Mocotó no final de 1978, início de 1979. Encontrou uma comunidade empobrecida pelo processo de exclusão social, com carências de todos os tipos, principalmente nas áreas da saúde e educação. Seu primeiro trabalho foi na creche Alfa Gente, a primeira a atender a comunidade, onde ficou até fechar, em 1983. Neste mesmo ano, mudou-se para o Mocotó “atendendo ao clamor dos pobres, do povo e principalmente das crianças, amadas e queridas de Deus, mas que estão abandonadas”, onde morou até fevereiro de 2019.
Trabalhou com afinco e obstinação para que as crianças e adolescentes tivessem uma casa que oferecesse alternativa de ocupação e alimentação no período oposto ao escolar. “A saída dos pais para o trabalho acabava deixando seus filhos desprotegidos, sujeitos a todo e qualquer tipo de riscos”, conta a irmã, que está tendo sua história registrada em livro.
Neste vídeo que gravou para a Rede IVG, em 2011, ela comenta como conheceu o Pe. Vilson Groh, quando chegou para trabalhar no morro no final da década de 70. A partir daí estiveram sempre juntos, no planejamento e na organização dos projetos. “Tivemos uma longa caminhada para chegar onde estamos, para melhorar a comunidade, a vida das pessoas e das crianças, principalmente. (…) Nos últimos tempo, essa afinidade com o Pe. Vilson aumentou ainda mais com o trabalho em rede, para que todos tenham comida e vida plena, encaminhando os jovens para o primeiro emprego, na luta por justiça, por mais saúde e estudos”, disse.